terça-feira, 9 de novembro de 2010

A deusa da minha rua
Tem os olhos onde a lua
Costuma se embriagar.
Nos seus olhos, eu suponho
Que o sol, num dourado sonho
Vai claridade buscar.
Minha rua é sem graça
Mais quando por ela passa
Seu vulto que me seduz.
A ruazinha modesta
É uma paisagem de festa
É uma cascata de luz.
Na rua, uma poça d'agua
Espelho da minha mágoa
Transporta o céu para o chão.
Tal qual o chão da minha vida
A minha alma comovida
O meu pobre coração.
Infeliz da minha mágoa
Meus olhos são poças d'agua
Sonhando com o seu olhar.
Ela é tão rica, e eu tão pobre,
Eu sou plebeu e ela é nobre
Não vale a pena sonhar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário